Derrubada do muro da Mauá é aprovada na Audiência de Revisão do Plano DiretorChegou a ser surpreendente a aprovação unânime de uma das
reivindicações do Movimento VIVA Gasômetro. A derrubada do muro da avenida Mauá era tida como a proposta que iria suscitar mais polêmica, entre as encaminhadas na Audiência Pública de Revisão do Plano Diretor Urbanístico e Ambiental de Porto Alegre.
A Prefeitura anunciou que, com a aprovação, pretende solicitar um novo estudo técnico para melhor avaliar a questão.
Lembrando:
Durante a enchente de 1941, as águas do Guaíba alcançaram a cota recorde de 4,75 metros, com um
tempo de recorrência de 370 anos. As cheias que ocorrem no Lago Guaíba são causadas por fatores ambientais inter-relacionados, principalmente pelas chuvas intensas que ocorrem nas cabeceiras dos rios afluentes, juntamente com o efeito de represamento decorrente do vento Sul no Estado.
Após isso, na administração de Telmo Thompson Flores, o Muro da Mauá foi construído e um sistema de drenagem foi instalado, para evitar a repetição do problema. A cidade não teve mais enchentes de tais proporções.
Sempre houve sérias dúvidas se o muro realmente evitaria uma enchente de grandes proporções em Porto Alegre. O que aconteceu na realidade, é que o Muro bloqueia o acesso da população ao cais do porto, além de ser uma obra que nem se sabe quanto custou, enfeia o centro de Porto Alegre e serve de motivo para que não se tenha um real plano de evacuação do centro da cidade, em caso de calamidade.
Muro da Mauá = Muro da Vergonha de Porto Alegre.
Matéria no jornal ZH